Súditos do Castelo, que rufem os tambores! Aproxima-se o grande dia para a escolha do novo soberano da gloriosa Westiphalia Tupiniquim e seus principados, neste que é o melhor dos mundos possíveis, onde até os bufões tem oportunidade de participar do Conselho da realeza.
Nem o mais otimista dos picadeiros poderia reunir tantos palhaços em uma única festa. Que se aumentem os tributos para cobrir as despesas, pois o maior espetáculo demagógico do planeta não pode parar. Que os encantadores olhos cândidos de minha doce Cunegunda se curvem mediante a beleza das odes à sublime Clementina de Jesus, composta magistralmente pelo menestrel do momento, afinal tudo está bem mesmo quando tudo está mal.
Pão, circo e alegria. Urnas enfeitadas para o grande evento e arlequins de todas as estirpes estampando seus números em reluzentes panfletos para que o populacho andrajoso usufrua de gargalhadas imediatas ao invés das futuras lágrimas de melancolia profunda, que não deve ser confundida com melancia na bunda.
Concluam-se os preparativos para a divina comédia tornar-se tragédia. Sinos, cornetas e rojões. Propinas, bandeiras e ladrões. Adesivos, alhos e bugalhos. Que subam as cortinas e venha o Cirque Du Soleil de Westiphalia, afinal aqui  é sempre feriado nacional.

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