Na última terça-feira, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) contrapôs a própria ANAC e vetou o overbooking. Para quem não sabe o que é overbooking, se trata da venda de passagens além da capacidade das companhias aérea.
Considerado um marco histórico, antropólogos e sociólogos de todo o país sugeriram que o dia 23 de novembro se torne feriado nacional, com o nome de Dia da Cara de Pau. “Ah, então quer dizer que até dia 22 podiam fazer superlotação à vontade? Isso é um absurdo!”, disse a operadora de telemarketing Maria Augusta Santos, que estava há 2 horas na fila esperando seu voo para Paris, com escala em Madrid.
Felipe Felizberto, mais conhecido como ‘Pião’, é aeromoço (nem tão moço assim) e disse concordar com a resolução, apesar de resolver todos os problemas sozinho. “Normalmente, os passageiros não passam muito perrengue quando sou eu o aeromoço do voo”, vangloriou-se. “O máximo que eu tenho que dizer é ‘Só um passinho para trás, só um passinho! Cabe mais um. Pessoal, vamos colaborar!’ e os passageiros já vão se encoxando no fundo. É igual coração de mãe, sempre cabe mais um”, concluiu Felizberto sorrindo.
Já o presidente da companhia aérea VAM, Luis Paulo Tavares, foi enfático: “É no mínimo uma falta de respeito para com a gente, empresários milionários”. Indignado, Tavares ressaltou a preocupação com os assentos: “A conta é simples, cabem 150 pessoas sentadas e 100 de pé. Nada mais justo do que vender 300 passagens. Sempre faltam uns 50 passageiros… O overbooking é uma estratégia essencial para lucrarmos milhões”, disse, enquanto tentava fechar a porta de um Boeing 657, porta esta, que estava obstruída pelo braço de uma senhora, que se espremia para entrar.
Linus Parcânus, Superintendente de Superlotação Autorizada da ANAC recusou-se a prestar depoimento ao Negação Lógica. ¬¬

Referência: [Imaginação]

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