Na falta de crianças atiradas de edifícios e namoradas de jogadores servidas como aperitivo aos cães, o oportunismo sensacionalista encontra agora na tragédia do colégio carioca o filão mórbido para elevação dos índices de audiência até que surja nova comoção nacional para inserir no horário nobre entre uma novela e outra. Dessa forma, o grande mote entre os achólogos atende no momento pelo elegante anglicismo conhecido como Bullying, prática de intimidação que vem ocorrendo principalmente nas escolas.

Apesar de não ser um fenômeno social novo, é compreensível que os rumos da situação supliquem hoje por extensas delongas sobre o assunto. Todavia, o que não causa nenhuma estranheza, é a omissão dos “expertises” em abordar o tipo mais vil dessa prática, o de Bullyng Educacional do Governo, que troça, agride e humilha não apenas os alunos, mas a toda classe docente e a sociedade em geral.

Políticas de emburrecimento perversamente premeditadas, baseadas em bazófias construtivistas repudiadas no mundo inteiro (inclusive no próprio país de origem), mas que nos solos desta mãe gentil caiu como luva para soterrar de vez um modelo que se nos áureos tempos já não era dos melhores, ainda assim foi piorado exponencial e sistematicamente.

É evidente que esforços e investimentos nesta área nada possuem de altruístico, visando apenas demonstrar comparativos numéricos a fim de mascarar a ineficiência da ridícula Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira, que suprime a autoridade de professores e concede um poder desproporcional a moleques púberes em processo de formação e sem a devida maturidade social, criando um bando destrutivo de gárgulas descerebrados, incapazes de qualquer análise crítica ou consciência ética e limitados em seus cabrestos apenas para apertar botões durante pleitos circenses ou votar no paredão do Big Bosta Brasil.

Mas o ataque dos representantes do Estado na área educacional não é fortuito. De sociólogos a semi-analfabetos, desde a maledicente catequização os diversos crápulas eleitos pela crendice popular cravaram suas britadeiras nessa fragilizada estrutura, sendo praticamente impossível elencar as inúmeras manipulações no sentido de destruir o pouco de ensino promovido no país.

Certamente que os ativistas acadêmicos aliar-se-ão aos gabinetes de burocratas comissionados em troca de favores partidários para levantar gládios na defesa de blasfêmias conceituais tratadas como idéias inovadoras e modernizantes, evocando a especialização para o exigente mercado de trabalho, fim dos índices de reprovação e diminuição da evasão escolar, como se objetivos tão prosaicos fosse indicador de solução para o problema, mas isso talvez se justifique por esses eméritos sofistas terem sido garotinhos “paga-lanche” que esgueiravam-se pelos corredores escolares, numa época em que o verbete Bullying ainda era desconhecido de nosso atual tratado ortográfico colonial.

Publicado originalmente em Pessimismo em Gotas

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2 Comments

  1. Engraçado que essa figura na charge lembra um pouco o Serra…será que ele pisaria assim na Educação e faria Bulliyng com quem não fosse hipocondríaco? hauhuhau….

  2. Olá Roberta,
    Apesar da sobrenatural semelhança da charge com o Zélão Serra, seria leviano atribuir apenas ao notório sósia de Nosferatu essa atitude bullyinística contra o sistema educacional, visto que o processo de destruição do ensino brasileiro remete aos tempos da catequização. Entretanto, evidencia-se que a situação degenerou-se exponencialmente a partir das políticas implementadas pelo ministro metido a Goebbels, Paulo Renato de Souza, durante a regência do pseudo-sociólogo sorbônico Fernando II, o Demagogo. É certo que depois dele, o sucessor analfa-comuna, Luis Stalin da Silva, manteve o princípio maquiavélico de doutrinação por meio do emburrecimento popular e completou o desserviço à sociedade, inclusive enaltecendo a própria condição de ignorante. Pois é, talvez esses senhores tenham sofrido muito bullying nos tempos de estudante, pois só isso explicaria tamanha filhadaputice advinda de suas ignóbeis metodologias.

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