Saudações Nobres compatridas de nosso glorioso Castelo Medieval da República Autocrática da Westphalia Tupiniquim. Peço perdão pela longa ausência neste que é o melhor dos mundos possíveis, afinal é ano de eleições ditatoriais e palco do maior evento esportivo do planeta (por mais que os  estadunidenses insistam em afirmar que é o golfe). Tanta imponência de eventos tinge de otimismo meu semblante pouco admirado pelas Cunegundas da vida.
Confesso que me afastei recentemente das notícias em torno das realezas, porém sinto-me revigorado ao tomar conhecimento de que o enésimo Tribunal Regional Eleitoral tem inocentado todos os estimados arquiduques do principado paulistano, acusados levianamente de usar verbas oriundas de financiamentos escusos para suas sépticas campanhas eleitorais.
Medida digna de condecoração, visto que o presente calendário é marcante para o populacho, que acolherá o tirano que melhor lhe escravizará a alma pelo próximo quadriênio, podendo escândalos desse porte inviabilizar a romênica candidatura de pretensos Vlads.
Ademais, nem mesmo o indisfarçável uso da máquina pública com fulcro eleitoreiro me fez perder a fé nos ensinamentos de meu maravilhoso mestre Pangloss, pois tudo está bem mesmo quando tudo está mal e enquanto perdurar a alienação fanática na voz marcante de nossos Galvões Buenos, a massa acéfala de bárbaros andrajosos impedir-se-á de revoltar-se contra a ostentação orgiástica dos nossos nada bobos que atuam na corte.

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6 Comments

  1. haha… muito legal este artigo! o Tribunal Regional Eleitoral vive inocentando político!
    vc escreve mt bem cara. parabens!
    abs!

  2. Súditos do Castelo.
    Agradeço aos elogios do fidalgo Gustavo Felipo e esclareço à jovem dama Patrícia, que apesar de ter nosso estimado ex-reizinho da Westphalia na mais alta conta, seu nome só fora suprimido dos créditos pelo abastado regateio ao qual nossos princípes se dão como direito, por não ser exclusividade da magnânima conduta dele, banquetear-se às custas das riquezas da plebe servil, visto que temos toda uma legião de glamourosos senhores monárquicos tomando conta dos lucros da nação, para que o humilde povoado não caia em ostentações vulgares e gastanças desenfreadas sem sentido, afinal vivemos no melhor dos mundos possíveis.

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